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EUA aumentará pessoal militar de treinamento em Taiwan, diz WSJ

As tropas treinarão as forças de Taiwan em manobras militares, assim como nos sistemas de armas americanos

Joe Biden, presidente dos EUA - Mandel Ngan / AFP

Os Estados Unidos planejam aumentar, significativamente, a quantidade de pessoal militar americano estacionado em Taiwan para ajudar a treinar as forças locais — noticiou The Wall Street Journal nesta quinta-feira (23).

A implantação de entre 100 e 200 soldados americanos na ilha será realizada nos próximos meses. Trata-se de um aumento importante em relação aos cerca de 30 hoje nesse território, detalhou o jornal, citando autoridades americanas sem identificá-las.

O WSJ informou, ainda, que as tropas treinarão as forças de Taiwan em manobras militares, assim como nos sistemas de armas americanos.

Pequim afirma que a ilha é parte de seu território e que vai recuperá-la algum dia. Além disso, aumentou a pressão militar, diplomática e econômica durante o mandato da presidente Tsai ing-wen.

Esta semana, depois de uma reunião com congressistas americanos em Taipei, Tsai anunciou que a ilha fortalecerá seus laços militares com os Estados Unidos para conter o "expansionismo autoritário".

"No futuro, Taiwan vai cooperar ainda mais ativamente com os Estados Unidos e com outros parceiros democratas para enfrentar desafios globais, como o expansionismo autoritário e a mudança climática", disse ela na terça-feira, sem dar detalhes.

No mesmo dia, o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Wang Wenbin, acusou os líderes de Taiwan de "provocação" e advertiu que "qualquer conspiração ou plano separatista fútil que dependa de forças estrangeiras (...) será contraproducente e nunca será bem-sucedido".

As tensões entre Estados Unidos e China aumentaram após a destruição, por parte do Exército americano, de um balão chinês no início de fevereiro.

Segundo Washington, o dispositivo abatido em seu território era usado para espionagem. De acordo com Pequim, tratava-se de um artefato civil para fins científicos.

Washington reconhece Pequim diplomaticamente, mas também é o benfeitor internacional mais importante da ilha autônoma e apoia o direito de Taipei de decidir seu futuro.