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Haddad menciona preocupação com endividamento e juros altos, em reunião do G20

Além de Fernando Haddad, também participou desse evento o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto

Fernando Haddad - Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que há uma preocupação com os níveis de endividamento, especialmente em países pobres, e que a elevação dos juros agravam o cenário de risco. As afirmações foram feitas em pronunciamento na sessão de abertura da Reunião de Ministros de Finanças e Governadores de Bancos Centrais dos países do G20, na quinta-feira (24), em Bangalore, na Índia.

Estamos preocupados com os níveis de endividamento, principalmente entre os países mais pobres. A elevação dos juros em meio à fragilidade da economia mundial agrava o cenário. Devemos continuar o trabalho que está sendo realizado no Marco Comum e outros esforços de coordenação coletiva. Ter mecanismos para uma reestruturação ordenada e oportuna é do interesse de credores e devedores, afirmou o ministro.

Haddad ainda listou os desafios enfrentados pelos países – como as consequências da pandemia e da guerra, aumento de pobreza e desigualdade e os preços elevados de alimentos e energia. Para ele, o aumento do diálogo entre os países é parte da solução, mas faltam ações com resultados concretos.

Ele defendeu o aprofundamento do debate sobre reformas em bancos de desenvolvimento multilateral, pelo papel que desempenham no apoio à ações de combata à fome e pobreza, por exemplo.

Essas instituições devem ser bem capitalizadas e flexíveis para apoiar os países em desenvolvimento com financiamento a longo prazo, taxas de juros adequadas e estruturas inovadoras para reduzir riscos, estimular parcerias público-privadas e atrair investimentos privados, disse.

O ministro também cobrou comprometimento dos países com o Acordo de Paris e destacou a meta brasileira de acabar com o desmatamento até 2030.

Além de Fernando Haddad, também participaram desse evento o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e ministros e presidentes de Bancos Centrais da França, Coreia, China, Estados Unidos, Austrália e Indonésia.