Sobe para 64 o número de mortes confirmadas após chuvas no litoral norte de SP
São Sebastião, um balneário turístico situado a cerca de 200 km da cidade de São Paulo, recebeu mais de 680 milímetros de chuva em um período de 24 horas no fim de semana passado
O número de mortes confirmadas pelo temporal que arrasou o litoral norte do estado de São Paulo há uma semana subiu para 64, informou o governo paulista neste domingo (26), quando as buscas ainda se concentravam em uma pessoa desaparecida.
"Até o momento, 64 óbitos foram confirmados, sendo 63 em São Sebastião e um em Ubatuba", dos quais já foram identificados "20 homens adultos, 17 mulheres adultas e 18 crianças", informou o governo do estado em um comunicado.
São Sebastiao, um balneário turístico situado a cerca de 200 km da cidade de São Paulo, recebeu mais de 680 milímetros de chuva em um período de 24 horas no fim de semana passado, mais que o dobro do esperado para todo o mês e o maior volume acumulado em um dia que se tem registro no país, segundo as autoridades.
Uma semana depois do temporal, uma pessoa continuava desaparecida, segundo o site G1, citando a Defesa Civil estadual.
As autoridades chegaram a reportar cerca de 30 desaparecidos durante a semana, mas advertiram que o número poderia variar. Além disso, mais 2.400 pessoas seguem desalojadas, segundo o último balanço oficial.
Na quinta-feira, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, admitiu que o sistema de alerta à população por mensagens SMS não foi suficiente para evitar a tragédia, e anunciou a instalação de sirenes em áreas de risco e a construção de casas para os desabrigados.
Segundo os especialistas, eventos extremos como este são causados pela combinação dos efeitos da mudança climática com a urbanização desordenada.
Cerca de 9,5 milhões de pessoas vivem em áreas de risco no Brasil, sujeitas a deslizamentos e inundações.