Denúncia

FAB se recusou a fechar espaço aéreo na terra Yanomami durante o governo de Bolsonaro

Justificativa da Força Aérea Brasileira para a não intervenção era de que a área é muito grande, segundo o portal UOL

Procurador Luís de Camões chamou de "balbúrdia" o controle do espaço aéreo na Amazônia e disse que isso é um problema anterior ao governo Bolsonaro - Divulgação

Nos quatro anos do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a Força Aérea Brasileira (FAB) se recusou o a fechar o espaço aéreo na Terra Indígena Yanomami e também se negou a aumentar a fiscalização contra o garimpo ilegal naquela área. As informações, publicadas nesta segunda-feira (27), são do portal UOL. 

De acordo com site de notícias,  que tomou conhecimento dos pedidos feitos pela Polícia Federal, todas as solicitações feitas à FAB foram negadas.

Dentre as reclamações, havia, por exemplo, a de que os helicópteros dos garimpeiros voavam baixo e não eram captados pelos radares em solo.

Aviões radares, por outro lado, são capazes de identificar helicópteros das pessoas ligadas ao garimpo, ainda que estejam em altitudes baixas.

A justificativa da FAB para a não intervenção era de que a área é muito grande. O UOL revelou, também, que a FAB chegou a exigir compensação financeira em razão dos gastos com voos no processo de fiscalização.

O procurador do Ministério Público Federal, Luís de Camões Boaventura, afirmou que o problema não é de agora. Boaventura chegou a classificar como “balbúrdia” o controle do espaço aéreo na Amazônia e que isso é um problema é anterior ao governo Bolsonaro.  

Os policiais que foram ouvidos pelo UOL disseram que atualmente a FAB tem mantido uma postura mais colaborativa.

Com a finalidade de dar continuidade à operação de retirada de garimpeiros da TI Yanomami, os ministros da Justiça e Cidadania, Flávio Dino, e o da Defesa, José Múcio, anunciaram , na última quinta-feira  (23), a antecipação do fechamento do espaço aéreo na região para o dia 6 de abril.