lentidão do socorro

Erdogan pede "perdão" a turcos por demora nas buscas após terremoto

Erdogan falou de Adiyaman, três semanas após o terremoto que causou mais de 44.000 mortes na Turquia

Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan - Adem Altan/AFP

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pediu desculpas, nesta segunda-feira (27), à população da província de Adiyaman, no sudeste do país, uma das mais afetadas pelo terremoto de 6 de fevereiro, pela demora na chegada das equipes de resgate.

"Devido ao efeito devastador dos tremores e do mau tempo, não pudemos trabalhar como gostaríamos em Adiyaman nos primeiros dias. Peço desculpas por isso", disse o líder turco.

Erdogan falou de Adiyaman, três semanas após o terremoto que causou mais de 44.000 mortes na Turquia e também afetou a vizinha Síria.

O presidente turco, que está no poder há 20 anos e pretende continuar após as eleições de 14 de maio, foi criticado pela lentidão dos esforços de socorro.

Nesta província e em Hatay, também duramente atingida, os sobreviventes expressaram sua indignação poucos dias após o terremoto. Um deles, Mehmet Yildirim, declarou em 10 de fevereiro que não viu "ninguém", "nem policiais, nem soldados" nas primeiras 24 horas após o terremoto de magnitude 7,8.

Neste fim de semana, torcedores de times de futebol de Istambul também expressaram seu descontentamento nos estádios e pediram a renúncia do governo.

Nesta segunda-feira (27), o presidente turco prometeu a construção de cerca de 50 mil novas casas na província de Adiyaman, de um total de 309 mil a serem construídas nas 11 províncias afetadas pelo terremoto.