Brasília

Alexandre de Moraes prorroga por 60 dias inquérito que investiga Anderson Torres e Ibaneis

Autoridades são investigadas por atos golpistas contra os Três Poderes em 8 de janeiro

Anderson Torres e Ibaneis Rocha - arquivo

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 60 dias o inquérito que investiga suposta omissão de autoridades, como o governador Ibaneis Rocha (MDB) e o ex-secretário Anderson Torres, nos atos golpistas do dia 8 de janeiro, em Brasília. A determinação atende a um pedido feito pela Polícia Federal.

No pedido apresentado a Moraes, ao todo, a PF listou sete pendências para conclusão das investigações. Entre eles estão, por exemplo, a pendência de análise os protocolos de ações da Polícia Militar do DF (PMDF) referentes a grandes manifestações. O objetivo é verificar se houve quebra de padrão na atuação da corporação em relação ao dia 8 de janeiro.

Ainda segundo a PF, estão pendentes as imagens das câmeras de segurança da sede do governo do Distrito Federal entre os dias 1º e 20 de janeiro.

“Neste caso, a autoridade policial apontou a pendência de 7 (sete) diligências, sem prejuízo de outras que venham a ser determinadas, especialmente no que diz respeito à análise dos materiais apreendidos. Assim, considerando a necessidade de prosseguimento das investigações, com a realização das diligências ainda pendentes, há necessidade de prorrogação do presente inquérito”, escreveu Moraes na decisão.

Ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Torres é suspeito de ter facilitado os ataques golpistas às sedes dos Poderes no dia 8 de janeiro. Ele era ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro até o fim de 2022.

Torres está preso desde o último dia 14 em razão dos atos terroristas realizados no dia 8 de janeiro contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Já Ibaneis foi afastado do cargo em razão dos ataques golpistas pelo prazo de 90 dias.