BANCO CENTRAL

Dívida pública fica em 73,1% do PIB em janeiro, menor patamar desde 2017

As contas do setor público consolidado registraram superávit primário de R$ 99 bilhões

Banco Central - Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O Banco Central informou nesta terça-feira (28) que a dívida bruta do país fechou o primeiro mês do ano representando 73,1% do PIB. O resultado de janeiro é a menor proporção desde junho de 2017, quando a relação entre dívida pública e o PIB era de 72,33%.

A dívida bruta compreende ao endividamento do governo federal, INSS, governos estaduais e municipais. Em relação a dezembro de 2022 (73,42%), houve uma redução de 0,3 pontos porcentuais. Na comparação com janeiro do ano passado (77,96%), houve uma redução de 4,81 pontos. De acordo com o BC, o patamar de janeiro de 2023 equivale a R$ 7,3 trilhões. Carla Beni, economista e professora de MBAs da FGV, cita os princiais fatores para o resultados do mês:

— Nós tivemos uma melhora do PIB nominal (independente da inflação). O volume financeiro do PIB melhorou. Tivemos também uma arrecadação excelente e resgates menores da dívida pública. Quando as pessoas compram títulos da dívida pública elas podem resgatar em prazo estipulado. Esses resgates líquidos foram menores, ou seja, houve um menor contigente de pessoas querendo tirar dinheiro do Tesouro. Em complemento, houve um percentual muito pequeno de valorização cambial — cita Beni.

As contas do setor público consolidado (União, estados, municípios e empresas estatais) registraram superávit primário de R$ 99 bilhões no mês passado. Na prática, as receitas com impostos ficam acima das despesas, sem considerar, contudo, os juros da dívida pública.

O saldo positivo do setor público no primeiro mês deste ano representou uma queda em relação ao mês de janeiro de 2022, quando houve superávit de R$ 101,8 bilhões.