Suspeitas

Justiça derruba sigilos de reuniões, em Brasília, do filho mais novo de Bolsonaro

Revelações podem confirmar suspeitas de que Jair Renan Bolsonaro cometeu tráfico de influência enquanto o pai ocupava cargo de presidente

Jair Renan, filho mais novo de Jair Bolsonaro - Reprodução/Instagram

O sigilo das reuniões que o filho mais novo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan Bolsonaro, fez em Brasília, imposto por uma alegação de segurança, chegou ao fim após o governo do Distrito Federal não recorrer de uma decisão judicial.

O prazo oficial para a revelação do conteúdo dos encontros ainda não foi divulgado. As informações são do site UOL desta quarta-feira (1º).

Os encontros que Jair Renan manteve na Secretaria de Esportes e Lazer do DF podem confirmar as suspeitas de que ele cometeu tráfico de influência enquanto o pai ocupava o cargo de presidente.

Já há confirmação de que empresários bancaram a reforma do escritório da empresa de Jair Renan no Rio de Janeiro.

A doação de um carro elétrico ao jovem também já foi revelada. A intenção agora é saber se em troca dos privilégios houve auxílios políticos por parte de Jair Renan a alguns destes empresários.

Em 2022, a Justiça havia solicitado as informações sobre as reuniões entre Jair Renan e a secretaria do DF, mas os itens não foram divulgados.

O servidor Marivaldo de Castro Pereira então recorreu à Justiça alegando que o sigilo poderia beneficiar interesses particulares da empresa do filho de Bolsonaro.

O pedido foi acatado em novembro em 2ª instância. Após a decisão de novembro, o governo do DF recebeu um prazo para recorrer.

De acordo com o UOL, o prazo terminou no dia 27 de fevereiro sem manifestação da administração da capital federal.

Com isso, o caso transitou em julgado, ou seja, não cabem mais recursos, e a Secretaria de Esportes e Lazer terá que revelar as informações sobre os encontros de Jair Renan em até 15 dias após ser intimada. Não há, porém, prazo definido para que ela seja solicitada.