SAÚDE

Homem tosse três litros de sangue após se viciar em cigarro eletrônico

No Brasil, a comercialização, importação e propaganda do cigarro eletrônico é proibida pela Anvisa

Homem tosse sangue após se viciar em cigarro eletrônico - Cortesia Dustin Fitzgerald /SWNS

Um homem de 45 anos foi internado em um hospital nos Estados Unidos, após tossir três litros de sangue. Dustin Fitzgerald tossiu durante oito horas - tempo contado antes e durante sua chegada à unidade de saúde. Ex-fumante de cigarros, o homem trocou as três carteiras que fumava por dia pelo vaporizador eletrônico, também conhecido como “vape”, numa tentativa de largar a nicotina. Durante 10 meses ele fumou o dispositivo continuamente por uma média de 12 horas por dia.

Após um período usando o cigarro eletrônico, Dustin começou a ter tosses violentas, chegando a acordar durante o sono para tossir. Quando começou a sair sangue, o homem resolveu procurar a emergência. Segundo o site Mirror, no hospital, ele recebeu o diagnóstico de pneumonia bacteriana, causada pela umidade presa em seus pulmões por vaporizar com frequência.

“Comecei a vaporizar para parar de fumar quando eles aumentaram os preços dos cigarros. Achei que resolveria problemas financeiros e de saúde, mas comecei a abusar. Como você pode vaporizar em lugares fechados, eu vaporizaria constantemente de 10 a 12 horas por dia durante o trabalho", disse ao portal americano.

Em janeiro de 2022, ele parou de fumar e pegou alguns vaporizadores. "Quando percebi estar tossindo sangue, fiquei apavorado - mas ainda não entendi a conexão que era por causa do vape. Acabei no oxigênio no pronto-socorro, e a respiração parecia que alguém havia colocado dez elefantes no meu peito e foi quando eles me disseram o que causou isso", revelou.

O caso da tosse de Dustin aconteceu em outubro de 2022. No hospital, ele foi colocado em quarentena na unidade de terapia intensiva, por suspeita de hepatite ou tuberculose. Mais tarde, quando o diagnóstico de pneumonia bacteriana foi confirmado, os médicos disseram que a doença tinha sido ocasionada pelo uso do vape. 

No Brasil, a comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar são proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A decisão é baseada no princípio da precaução, devido à inexistência de dados científicos que comprovassem as alegações atribuídas a esses produtos.