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Número de mortes em colisão de trens na Grécia sobe para 42

O gerente da estação que estava de serviço no momento do acidente será acusado de homicídio culposo e pode ser condenado à prisão perpétua

Colisão de trens provoca 36 mortes na Grécia - Sakis Mitrolidis / AFP

O número de mortos no acidente ferroviário mais grave da história da Grécia subiu para 42, anunciou nesta quinta-feira (2) o corpo de bombeiros.

A colisão de dois trens, que circulavam pela mesma via em sentido contrário, ocorreu pouco antes da meia-noite de terça-feira (28), na região central da Grécia.

Uma porta-voz do corpo de bombeiros afirmou que as equipes de resgate trabalharam durante toda a noite para procurar sobreviventes, mas as possibilidades de encontrar alguém são cada vez menores.

"O tempo não está do nosso lado", admitiu a porta-voz.

O gerente da estação que estava de serviço no momento do acidente foi detido e deve comparecer a uma audiência nesta quinta-feira (2) na cidade de Lárissa.

O homem de 59 anos deve explicar como um trem de passageiros com mais de 350 pessoas a bordo trafegou na mesma via que um trem de cargas por vários quilômetros.

Ele será acusado de homicídio culposo e pode ser condenado à prisão perpétua.

Os dois trens colidiram perto de um túnel nas proximidades da cidade de Lárissa. Dois vagões ficaram esmagados e um terceiro pegou fogo com as pessoas bloqueadas dentro.

Os sobreviventes descreveram cenas de horror e caos. Eles precisaram passar por vidros quebrados e destroços quando o trem virou e quebraram as janelas para sair dos vagões.

Integrantes das equipes de emergência afirmaram que nunca haviam testemunhado uma tragédia de tal magnitude. Muitos corpos foram encontrados carbonizados e alguns passageiros eram identificados por partes de seus corpos.

O primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis anunciou uma investigação profunda sobre a tragédia.

"Tudo indica que, lamentavelmente, o acidente foi provocado por um trágico erro humano", declarou Mitsotakis.

O governo decretou três dias de luto nacional e o ministro dos Transporte pediu demissão poucas horas depois do acidente.