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Ericsson pagará multa de US$ 206 milhões por corrupção no Iraque

A empresa sueca reconheceu um "comportamento inaceitável" e afirmou que se esforça ao máximo para evitar a corrupção

Ericsson - Divulgação / Ericsson Newsroom

O grupo sueco de telecomunicações Ericsson pagará uma multa de 206 milhões de dólares (em torno de R$ 1,07 bilhão) à justiça dos Estados Unidos para encerrar um processo pelo escândalo de supostos pagamentos ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) no Iraque.

"A Ericsson pagará multa de 206.728.848 dólares", anunciou o grupo em um comunicado.

O pagamento concluirá o acordo anunciado em dezembro de 2019 com a justiça americana. Em um primeiro momento, o grupo sueco concordou em pagar uma multa de US$ 1 bilhão por corrupção em outros cinco países (Djibuti, China, Vietnã, Indonésia e Kuwait).

A multa agora anunciada agora é motivada pelo fato de a Ericsson não ter fornecido à justiça americana - cuja competência universal em diversas áreas lhe permite atuar contra grupos estrangeiros - as conclusões de uma investigação interna relacionada com supostos subornos.

A investigação cita pagamentos suspeitos feitos para facilitar o transporte por rodovias em áreas controladas pelo EI. O dinheiro teria chegado ao grupo extremista, na época em que controlava parte do território iraquiano.

"Esta resolução é uma recordação brutal da má conduta histórica que levou ao acordo. Aprendemos com isso e estamos em uma jornada importante para transformar nossa cultura", afirmou o presidente-executivo da Ericsson, Borje Ekholm, em um comunicado.

A empresa sueca reconheceu um "comportamento inaceitável" e afirmou que se esforça ao máximo para evitar a corrupção.

Além da justiça americana, o caso iraquiano está sendo investigado na Suécia.