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Bolsonaro afirma que 'não 'teríamos problemas com navios iranianos', se ele fosse presidente

Ex-presidente deve se encontrar com o ex-titular da Casa Branca Donald Trump

Jair Bolsonaro - Alan Santos/PR

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou, neste sábado, que se ainda governasse o Brasil não teria permitido que navios de guerra iranianos atracassem no Porto do Rio. Bolsonaro deu uma palestra durante uma conferência conservadora que reúne lideranças de direita de diversos países em Washington, capital dos Estados Unidos.

Ele não comentou a notícia, publicada pelo jornal "O Estado de São Paulo", de que teria tentado trazer de forma ilegal para o Brasil um conjunto de joias avaliado em 3 milhões de euros (R$ 16,5 milhões) para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

A previsão era que os dois navios iranianos, que atracaram no terminal do Rio de Janeiro no último domingo, deixassem o local neste sábado. A permissão dada pelo governo Lula desagradou os governos dos EUA e de Israel. O assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, afirmou que foi uma decisão soberana e que o Irã não é inimigo do Brasil.

"Se eu fosse presidente, não teríamos esse problema com os navios iranianos",  afirmou. Bolsonaro falou para os participantes da Conferência Anual de Ação Política Conservadora (CPAC, da sigla em inglês). Na sequência, ele vai encontrar com o ex-presidente americano Donald Trump, que também participa do evento.

O ex-titular do Palácio do Planalto está nos EUA desde o dia 30 de dezembro, data em que deixou o Brasil, dois dias antes do término do seu mandato. Ele não tem data para retornar. No início do mês passado, afirmou que voltará ao país "breve" para fazer "oposição responsável" ao governo do seu sucesso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.