Azul fecha acordo com empresas que representam 90% das dívidas de arrendamento de aviões
Em setembro de 2022, valor previsto para pagamento com leasing de aeronaves nos 12 meses seguintes era de R$ 3,77 bilhões
A Azul anunciou, na noite de domingo (5), que firmou acordos com arrendadores representando mais de 90% do seu passivo relativo a leasing de aviões. Em setembro de 2022, o valor previsto para pagamento com leasing de aeronaves nos 12 meses subsequentes era de R$ 3,77 bilhões. A companhia, que divulga seu balanço financeiro do quarto trimestre hoje, vinha renegociando os débitos.
Estes acordos representam "uma parte significativa de um plano abrangente que visa a fortalecer a geração de caixa da Azul", disse a empresa em nota. E está "sujeito a certas condições e aprovações corporativas aplicáveis".
Segundo a empresa, o acordo melhora sua estrutura de capital, além de entregar aos arrendadores 100% dos valores previamente acordados, "através de uma combinação de dívida de longo prazo e ações".
Com base nesses acordos, os arrendadores reduzirão os pagamentos de arrendamento da Azul "para eliminar diferimentos relacionados à Covid bem como a diferença entre as taxas de arrendamento contratuais da Azul e as taxas de mercado atuais".
Os arrendadores receberão um título de dívida negociável com vencimento em 2030 e ações precificadas de forma a refletir a nova geração de caixa da Azul, sua melhor estrutura de capital e a redução em seu risco de crédito.
"Os arrendadores representam 80% de nossa dívida bruta nominal. A celebração desses acordos demonstra um enorme sucesso em nossa abordagem. Nenhuma aeronave saiu da nossa frota durante essas negociações e, na verdade, nossos parceiros nos entregaram 12 novas aeronaves adicionais nos últimos cinco meses", disse Alex Malfitani, diretor financeiro da Azul.