CASO 'NEGREIRA'

Presidente do Barcelona diz que clube "nunca comprou árbitros"

Segundo a impresa local, o Barça teria pagou mais de seis milhôes de euros à empresa Dasnil 95

Joan Laporta, presidente do Barcelona - Marco Bello / AFP

O presidente do Barcelona, Joan Laporta, afirmou nesta terça-feira que o clube "nunca comprou árbitros", após as suspeitas levantadas pelo caso 'Negreira'.

"Que fique claro que o Barça nunca comprou árbitros nem nunca teve a intenção de comprar árbitros. Absolutamente nunca. A contundência dos fatos contradiz os que tentam mudar o relato" disse Laporta em um debate ao completar dois anos na presidência do clube.

O chamado caso 'Negreira' explodiu ao ser revelado que a Promotoria de Barcelona está investigando irregularidades tributárias de uma empresa que pertence a um ex-dirigente de arbitragem que supostamente recebeu pagamentos do clube 'blaugrana'.

O jornal El Mundo publicou no dia 17 de fevereiro que o Barça pagou mais de 6 milhões de euros desde 2001 à empresa Dasnil 95, de José María Enríquez Negreira, que foi vice-presidente do Comitê Técnico de Árbitros (CTA) entre 1994 e 2018, para aconselhar o clubes sobre questões arbitrais.

Segundo a rádio Cadena Ser, que revelou o caso, o último pagamento aconteceu em junho de 2018, justamente quando o CTA foi remodelado com a chegada de Luis Rubiales à presidência da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) e a saída de Negreira do órgão de arbitragem.

O ex-presidente do Barcelona Josep Maria Bartomeu afirmou aos jornalistas que revelaram o caso que o clube decidiu dispensar os serviços do ex-árbitro para reduzir gastos.

Por sua vez, Negreira negou ter dado qualquer tipo de favorecimento ao time catalão, afirmando que se limitava principalmente a dar assessoria.

Nesta terça-feira, o jornal El País publicou que a Promotoria "denunciará o Barcelona por corrupção continuada no esporte pelos pagamentos a Negreira".

"O Barça não se dedicou a comprar árbitros", insistiu Laporta, convencido de que o clube "não será prejudicado".