EUA

Biden promete 'apoiar direitos das mulheres' nos EUA, sem mencionar aborto

Segundo o presidente americano, mulheres e meninas são essenciais para o sucesso e o progresso em todos os aspectos das nossas sociedades

O líder democrata de 80 anos não tem recursos para contrabalançar as iniciativas dos conservadores contra o direito ao aborto - Denis Lovrovic/AFP

O presidente americano, Joe Biden, prometeu, nesta quarta-feira (8), "apoiar os direitos das mulheres e meninas em todos os aspectos da nossa política interna e externa", sem mencionar especificamente o direito ao aborto.

Biden disse, em nota, que o Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta quarta, "honra uma verdade que experimentamos todos os dias: as mulheres e meninas são essenciais para o sucesso e o progresso em todos os aspectos das nossas sociedades".

"Em muitas partes do mundo, os direitos das mulheres e meninas estão sob ataque", lamentou, mencionando países como Afeganistão e Irã, e "o uso do estupro como arma de guerra" por parte do Exército russo na invasão da Ucrânia.

Nesta quarta, o Departamento do Tesouro anunciou novas sanções contra entidades e indivíduos no Irã, em particular dois funcionários do sistema penitenciário iraniano, acusados de violação dos direitos humanos contra mulheres e meninas neste país que vive um movimento inédito de protestos contra o governo.

Biden também se comprometeu a trabalhar "em todo o mundo" para "defender o acesso à saúde, inclusive no que diz respeito à reprodução" e para "preservar a participação política" das mulheres.

Em relação aos Estados Unidos, o presidente não citou explicitamente o direito ao aborto, ameaçado desde que a Suprema Corte - de maioria conservadora - socavou sua ancoragem constitucional, o que levou muitos estados do país a restringir ou simplesmente suprimir o direito ao aborto.

Biden, por sua vez, mencionou os "investimentos" realizados nos Estados Unidos a favor das famílias e das mulheres trabalhadoras e uma lei destinada a combater a violência doméstica.

Na falta de uma maioria no Congresso, o líder democrata de 80 anos não tem recursos para contrabalançar as iniciativas dos conservadores contra o direito ao aborto.