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Mourão sobre caso das joias: "A corda vai acabar arrebentando do lado mais fraco"

Ex-vice-presidente faz avaliação sobre presentes recebidos por Jair Bolsonaro

Ex-vice-presidente da República, Hamilton Mourão - Marcelo Camargo / Agência Brasil

O senador Hamilton Mourão (PL-RJ) disse nesta quinta-feira (9) que o caso envolvendo as joias enviadas pela Arábia Saudita a Jair Bolsonaro pode ter consequências para aliados do ex-presidente. Ao ser questionado sobre o papel dos militares e o fato de o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque ter atuado na intermediação da entrega de pedras preciosas, Mourão fez a seguinte avaliação:

"A corda vai acabar arrebentando do lado mais fraco". Antes, o senador evitou fazer um julgamento sobre a postura de Boslonaro no episódio.

"É um caso complicado. Eu era vice-presidente do Bolsonaro e fica muito chato tecer alguma consideração a esse respeito sem ter todos os dados".

Entre os presentes dados ao ex-presidente estão um relógio, uma caneta, um par de abotoaduras, um anel e um tipo de rosário, todos da marca suíça Chopard. Como o conjunto foi considerado pelo antigo governo como regalo "personalíssimo", estão em posse de Bolsonaro. Essas peças, contudo, foram incorporadas ao acervo pessoal de Bolsonaro após entrarem no país sem serem declaradas à Receita pela comitiva do ex-ministro Bento Albuquerque.

Além desses itens, o governo da Arábia Saudita também enviou outro presente. Um pacote continha um conjunto de joias e relógio avaliados em R$ 16,5 milhões, que seria para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e foi retido no Aeroporto de Guarulhos, como revelou o jornal “O Estado de S. Paulo”. Esse pacote, porém, foi retido pela Receita Federal ao revistar a bagagem de um assessor de Albuquerque.

Questionado se aceitaria joias de valor milionário, Mourão respondeu em tom bem-humorado. "A Arábia Saudita não iria me dar joias".