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Mosquitos estéreis são soltos em Galápagos para reduzir casos de dengue, zika e chicungunha

O instituto ainda acrescentou que esta é a primeira soltura de mosquitos macho estéreis em Galápagos

Mosquito Aedes aegypti - Pixabay

O Equador vai soltar 100 mil mosquitos Aedes aegypti estéreis nas Ilhas Galápagos para diminuir a transmissão de enfermidades como dengue, zika e chicungunha, informou o Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde (Inspi) nesta sexta-feira (10).

A redução de mosquitos Aedes aegypti no arquipélago permitirá "melhorar as condições de saúde da população, evitar a transmissão de enfermidades aos turistas [...] e reduzir o uso de produtos químicos utilizados nas fumigações", assinalou o Inspi em um comunicado.

O instituto ainda acrescentou que esta é a primeira soltura de mosquitos macho estéreis em Galápagos, um Patrimônio Natural da Humanidade cujo frágil ecossistema abriga espécies de flora e fauna únicas no mundo.

Pesquisadores do Inspi trabalharam durante seis anos no projeto que inclui a criação maciça de Aedes aegypti em laboratório e sua esterilização mediante radiação.

A liberação de mosquitos incapazes de fertilizar as fêmeas impacta na população da espécie reduzindo-a e, com isso, a transmissão de doenças.

Situadas a 1.000 km do litoral do Equador, as Ilhas Galápagos foram o laboratório natural do cientista inglês, Charles Darwin, e o inspiraram a escrever sua teoria sobre a evolução das espécies no século XIX.