Futebol

Ganho de repertório e bola parada: avaliações de Dado após vitória do Náutico diante do Salgueiro

Timbu marcou mais um gol de origem no fundamento e, com presença de reservas, aumentou concorrência na disputa pela titularidade

Dado Cavalcanti, técnico do Náutico - Tiago Caldas/CNC

Nove dos 26 gols marcados pelo Náutico em 2023 tiveram origem em bolas paradas. Detalhe que, na visão do técnico Dado Cavalcanti, é fruto da evolução do trabalho, principalmente porque, antes, não era um fundamento tão presente nas bolas da rede do Timbu na temporada. Contra o Salgueiro, na vitória por 2x0, nos Aflitos, pelo Campeonato Pernambucano, um dos gols saiu justamente por meio da nova arma ofensiva dos alvirrubros.

“É até contraditória essa condição atual. Se tem algo que eu falava muito que nós precisávamos evoluir era nas bolas paradas defensivas e ofensivas. Brincava com os caras de que a gente nem tocava na bola. Investi um pouco mais de tempo em treinamento, tendo uma bola e uma entrada padrão. Essa chave começou a mudar no jogo contra o Vitória”, afirmou. Na partida citada, todos os gols dos pernambucanos surgiram pelo alto, sendo dois após falta e um vindo de escanteio.



“Hoje, temos uma conexão clara de Souza e Victor Ferraz. Embora não pareça, por não ter estatura, força ou o gestual do cabeceio, Victor tem um tempo preciso. Encontrando um tempo certo de bolas de primeiro pau no Victor, tanto em faltas laterais como escanteios,isso tem beneficiado os outros jogadores, como foi hoje. Existiu o padrão da bola no primeiro pau para ter o homem do cabeceio. Cobrei, trabalhamos e isso abriu uma porta. O gol nos trouxe mais confiança, tendo um entendimento melhor nas bolas lançadas na área”, completou. 

Diante do Carcará, o gol de Anilson, de cabeça, saiu após escanteio de Diego Ferreira. Dois jogadores que não são titulares do Náutico atualmente, mas que, com boas exibições, ajudaram o Timbu a ganhar mais repertório para a sequência da temporada. 
“O time foi bem modificado em relação ao jogo anterior por necessidade extrema. Foi importante para manter o nível de intensidade, padrão de competitividade. Fomos impositivos, mantendo o padrão de jogo, mas com características individuais diferentes. Isso traz repertório. Deixar atletas em nível de igualdade na disputa por posição é algo sadio. Esse é o lado bom de fazer essa mexida”, declarou o treinador.

Dado, contudo, ressaltou que isso não significa que o Náutico vai continuar mesclando algumas peças no time titular nas próximas rodadas. O compromisso seguinte da equipe é quarta (15), contra o Íbis, na Arena de Pernambuco, também pelo Estadual.

“Não tenho esse planejamento. É uma reação, mas não algo programado. Sempre avaliamos os atletas pós-jogo. Quem não entrou em campo hoje foi por não ter condições. Gauto foi o único que ficou no banco pelo fato de eu não ter tido oportunidade de ter um jogador com a função de primeiro volante no banco de reservas, já que optei em colocar Cocão para fazer uma função diferente. Se acontecer de ser rotineiro, será por uma reação das avaliações pós-jogo”, pontuou.