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Jovem que cheirou pimenta não corre risco de morte, mas danos cerebrais são irreversíveis

Segundo médico, Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, ainda apresenta poucos estímulos cerebrais e segue em recuperação

Thais Medeiros de Oliveira foi internada na UTI após passar mal ao cheirar pimenta - Matheus Lopes de Oliveira/Arquivo Pessoal

A trancista Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, segue em recuperação na Santa Casa de Anápolis, em Goiânia. Segundo o médico da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Rubens Dias, ela teve um edema cerebral causado pela falta de oxigenação no cérebro, causando uma lesão irreversível.

No dia 17 de fevereiro, a jovem cheirou um vidro de pimenta em conserva enquanto almoçava na casa do namorado e teve uma reação alérgica grave, chegando ao hospital com um complicado quadro respiratório que foi agravado por uma doença crônica pulmonar já preexistente.

Em entrevista ao G1, o médico explicou que a lesão foi causada após uma parada cardíaca que gerou a falta de oxigenação no cérebro. Segundo ele, a jovem pode apresentar uma melhora, mas pode não conseguir voltar à total normalidade.

“Em relação ao prognóstico neurológico dela, a gente espera uma lesão neurológica grave. O que a gente tem de perspectiva é que, voltar às atividades normais dela, isso dificilmente vai acontecer. O cérebro pode ter uma recuperação, mas a gente acredita que voltar às atividades habituais, infelizmente, não”, detalhou Rubens.

Um dos médicos que acompanha a jovem informou que ela deve ser transferida para um centro de reabilitação.

O médico alergista Lany Noleto, também da Santa Casa, explica que alergias a alimentos são comuns, mas se agravou por Thais já ter asma, uma doença inflamatória em que a crise pode ser provocada por um motivo “irritante".

"É comum empolar, inchar, coçar, dar vermelhidão, ter comprometimento gastrointestinal, diarreia e vômito", explica Lany, que lembra que qualquer alimento pode causar reações alérgicas, alguns mais frequentes como amendoins, coco, castanhas.