caso das joias

PF diz que Bolsonaro não é investigado e defesa de ex-presidente perde acesso a inquéritos das joias

Caso está sob responsabilidade da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários de São Paulo

Pacote de joias trazido por Bento Albuquerque ao Brasil - Reprodução

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está sem acesso ao inquérito das joias sauditas trazidas ao Brasil de forma irregular. A informação na Polícia Federal é que o ex-chefe do Palácio no Planalto não é formalmente investigado e, como o caso é sigiloso, seus advogados não podem obter documentos e depoimentos incluídos no processo.

O inquérito apura a tentativa de integrantes do governo do ex-presidente de entrar ilegalmente com joias avaliadas em R$ 16,5 milhões no país, em outubro de 2021. A investigação está sob responsabilidade da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários de São Paulo.

Em declaração ao blog da jornalista Julia Dualibi, do G1, o delegado do caso, Adalto Machado, afirmou ter negado uma solicitação da defesa do ex-presidente. "Trata-se de investigação que corre sob sigilo. O interessado não consta como investigado até o momento", disse o delegado à defesa do ex-presidente.

Integrantes da instituição explicam que se Bolsonaro não é alvo do inquérito, não tem direito legal de ter acesso à investigação. Apenas alvos do inquérito podem ter acesso ao caso.

A mensagem responde um pedido da defesa do advogado Paulo Cunha Bueno, feito na segunda-feira, de acesso ao inquérito da PF. Também na segunda-feira, a defesa de Bolsonaro pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) para entregar à Corte o segundo conjunto de joias oferecidas pela Arábia Saudita que ficaram com o ex-presidente da República. O estojo contém um par de abotoaduras, uma caneta, um relógio, um anel e um masbaha, todos da grife suiça Chopard.