Diplomacia

Lula visitará a China no fim de março; saiba a data da viagem

Será a primeira visita de Lula à China desde que assumiu o poder em janeiro

Lula - Marcello Camargo/Agência Brasil

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, viajará à China no final de março para uma visita oficial, a convite do chefe de Estado chinês Xi Jinping, anunciou, nesta sexta-feira (17), o ministério das Relações Exteriores de Pequim.

A visita, que acontecerá de 26 a 31 de março, será a primeira de Lula à China desde que assumiu o poder em janeiro.

"Convidado pelo presidente chinês, Xi Jinping, o presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, fará uma visita de Estado à China de 26 a 31 de março", afirmou em um comunicado a porta-voz do ministério chinês, Hua Chunying.

Em uma entrevista coletiva após o anúncio, o porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Wenbin, declarou que a visita "marcará o início de uma nova era e um novo futuro para as relações entre China e Brasil, a nível de chefes de Estado".

As conversas devem "promover a associação estratégica integral entre China e Brasil a um novo nível e haverá novas contribuições para a promoção da estabilidade e da prosperidade regional e global", acrescentou.

A China é o maior parceiro comercial do Brasil, com 152 bilhões de dólares (803 bilhões de reais) de comércio bilateral no ano passado, muito à frente dos Estados Unidos (US 88,8 bilhões, R$ 469 bilhões).

Lula expressou o desejo de retomar os laços cordiais com a China, em contraste com o antecessor, o político de extrema-direita Jair Bolsonaro.

A China anunciou em janeiro um convite ao presidente brasileiro, mas não havia divulgado uma data específica para a visita.

"A China atribui grande importância à associação estratégica global com o Brasil", declarou na ocasião a porta-voz Mao Ning.

Lula, que governou o Brasil entre 2003 e 2010, busca romper o isolamento internacional do país que marcou o mandato de seu antecessor.

No discurso de posse no Congresso, ele prometeu retomar a "integração sul-americana" e um diálogo "altivo e ativo" com os Estados Unidos, a Comunidade Europeia e China.