PF prende pichadora de "perdeu, mané" e homem que furtou bola de Neymar em nova operação
Entre alvos está Débora Rodrigues dos Santos, mulher flagrada pichando "perdeu, mané" na estátua da Justiça em frente ao prédio Supremo Tribunal Federal
A Polícia Federal já prendeu 12 dos 32 alvos de mandados de prisão preventiva da oitava fase da operação Lesa Pátria, deflagrada nesta sexta-feira (17) para identificar manifestantes que participaram ou financiaram os atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. Entre os presos estão Débora Rodrigues dos Santos, mulher flagrada pichando "perdeu, mané" na estátua da Justiça em frente ao prédio Supremo Tribunal Federal (STF) e Nelson Ribeiro Fonseca Junior, que furtou uma bola autografada pelo jogador Neymar que ficava exposta no Congresso Nacional.
Estão sendo cumpridos 46 mandados de busca e apreensão e 32 mandados de prisão preventiva nos estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo e no Distrito Federal.
De acordo com a PF, os fatos apurados na oitava fase da Operação Lesa Pátria "constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido".
Na quinta-feira (16), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encerrou a análise de todos os pedidos de liberdade provisória feitos pelas defesas dos presos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. O magistrado concedeu liberdade provisória para 129 denunciados, que terão de usar tornozeleira eletrônica. Ao todo, 294 pessoas seguem presas em Brasília.
Presente do Santos
A bolsonarista Debora Rodrigues dos Santos é apontada como a mulher flagrada pichando a estátua da Justiça. A frase é uma referência à resposta que o ministro Luís Roberto Barroso deu após ser hostilizado por bolsonaristas.
Além dela, outro preso da oitava fase da Lesa Pátria é o bolsonarista Nelson Ribeiro Fonseca Junior, de 31 anos, que confessou à Polícia Militar de Sorocaba, durante um patrulhamento de rotina, que furtou no dia 8 de janeiro uma bola autografada pelo jogador Neymar que ficava exposta no Congresso Nacional.
O objeto ficava exposto no Salão Verde da Casa, mas, após os atos golpistas, ficou desaparecido por 20 dias, até ser encontrado em Sorocaba, no interior de São Paulo, localizado a quase mil quilômetros de distância de Brasília.
A bola foi um presente da delegação de jogadores do Santos Futebol Clube ao ex-deputado e ex-presidente da Câmara Marco Maia (PT-RS), durante sessão solene em comemoração ao centenário do clube, realizada em 10 de abril de 2012.