Ativista dos direitos humanos Albert Ho detido em Hong Kong
A detenção de Ho é a mais recente de uma série de prisões de personalidades com base na lei de segurança nacional
Albert Ho, um dos ativistas dos direitos humanos mais conhecidos de Hong Kong, foi detido nesta terça-feira (21) pela polícia de segurança nacional por suposta manipulação de testemunhas.
Ho, 71 anos, liderava a dissolvida Aliança Hong Kong, que organizava uma vigília anual em homenagem às vítimas da repressão na Praça da Paz Celestial (Tiananmen) de Pequim em 1989.
O advogado pode ser condenado a até 10 anos de prisão por acusações de "incitação à subversão", com base na lei de segurança nacional que a China impôs a Hong Kong em 2020 para conter as grandes, e algumas vezes violentas, manifestações pró-democracia do ano anterior.
Uma fonte policial, que pediu anonimato, afirmou que Ho foi detido por "supostamente interferir com testemunhas" quando estava em liberdade sob fiança.
Ho foi libertado sob fiança depois de passar quase um ano na prisão. As condições da medida incluem restrições para falar sobre temas que podem ser considerados uma ameaça à segurança nacional.
De acordo com as leis de Hong Kong, violar as condições da fiança pode levar à prisão de maneira imediata.
A detenção de Ho é a mais recente de uma série de prisões de personalidades com base na lei de segurança nacional, incluindo seu irmão Fred Ho, que representava a ativista dos direitos trabalhistas Elizabeth Tang Yin-Ngor.
Tang, secretária-geral da Federação Internacional de Trabalhadores Domésticos, foi detida por suspeitas de "conluio com forças estrangeiras" e libertada após o pagamento de fiança.