Petróleo se mantém em alta, puxado por dólar e aumento da demanda nos EUA
O petróleo cru se beneficiou da fragilidade do dólar, que atingiu seu nível mais baixo em um mês nesta quarta
Os preços do petróleo fecharam em alta pelo terceiro dia consecutivo nesta quarta-feira (22), sustentados pela fragilidade do dólar e por um aumento da demanda por produtos refinados nos Estados Unidos.
Em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em maio fechou em alta de 1,81%, a 76,69 dólares. Enquanto isso, em Nova York, o West Texas Intermediate (WTI), também para entrega em maio, avançou 1,75%, a 70,90 dólares.
O petróleo cru se beneficiou da fragilidade do dólar, que atingiu seu nível mais baixo em um mês nesta quarta, após a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de elevar em um quarto de ponto percentual sua taxa básica de juros, uma medida considerada de flexibilização pelo mercado.
O dólar frágil reduz a cotação do barril para investidores em outras moedas.
Na semana passada, as reservas subiram inesperadamente, sobretudo devido a um ajuste estatístico, segundo dados publicados pela Agência de Informação sobre Energia (EIA).
Na semana encerrada em 17 de março, as reservas comerciais de cru aumentaram em 1,1 milhão de barris (mb), enquanto os analistas esperavam uma contração dos estoques de 1,8 mb, segundo consulta da agência Bloomberg.
Este aumento ocorre no contexto de um aumento da taxa de uso da capacidades das refinarias, que passou de 88,2% para 88,6% em uma semana, e com as exportações de produtos refinados perto de seu recorde histórico.
Mas os dados se explicam, sobretudo, por um novo ajuste estatístico da EIA, que adicionou cerca de 14 mb a seus números sobre o mercado global. Tratam-se de correções de estimativas anteriores.