RETRATAÇÃO

Padilha diz que "retratação" de Lula a Sérgio Moro foi a ação da Polícia Federal

Ministro foi questionado sobre as falas do presidente em entrevista ao portal Brasil 247

Alexandre Padilha - Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta quinta-feira (23) que houve “ação firme” do governo federal para conter o plano de ataque contra diversas autoridades, entre elas o senador Sérgio Moro (União-PR). Questionado sobre eventual retratação do presidente Lula após a recentes falas em relação ao ex-juiz, Padilha responde:

— A maior retração foi a ação da Polícia Federal que protege a vida de todas as autoridades que possam ser ameaçadas. É mais uma demonstração de ação firme por parte do governo federal, uma ação republicana da política federal, que protege todos aqueles ameaçados — afirma.

No início da semana, em entrevista ao portal Brasil 247, o presidente Lula mencionou que gostaria de “fo…” o então juiz Sérgio Moro, enquanto esteve na prisão - revogada com a anulação das condenações pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu pela inconstitucionalidade do cárcere e julgou a atuação de Sérgio Moro como parcial.

— Independente das irregularidades que essa pessoa possa ter cometido [em referência a Moro], das injustiças que possam ter cometido no passado, sempre haverá a postura republicana e decisão firme do presidente Lula para a garantir a proteção [ação do governo, por meio da Polícia Federal] — diz Padilha.

Na “Operação Sequaz”, a Polícia Federal prendeu nove suspeitos de planejarem ataques contra diversas autoridades, entre elas Moro. As investigações apontam - preliminarmente - que a ofensiva contra o ex-juiz teria sido motivada por medidas adotadas por ele quando esteve à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública no governo Bolsonaro.

Alexandre Padilha também respondeu às críticas feitas pelo Senador Cid Gomes, sobre possível conchavo do governo com o chamado centração no Congresso:

— Política é exercício cerebral e do coração. A gente vem exercer um cargo como esse, o ‘fígado é deixado na geladeira’ e segue vencendo dentro do Congresso Nacional, como temos feito desde o começo — disse.