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Vaticano devolve fragmentos de mármore do Partenon à Grécia

O templo do Partenon foi construído no século V a.C. na Acrópole em homenagem a Atena, a deusa patrona de Atenas

Mármores do Partenon - Reprodução

Três fragmentos do Partenon de Atenas, que eram mantidos pelo Vaticano há séculos, foram devolvidos à Grécia nesta sexta-feira (24), no que o papado descreveu como um gesto de amizade.

"A doação de fragmentos do Partenon, que estavam nos Museus Vaticanos por mais de dois séculos, é um gesto eclesiástico, cultural e social de amizade e solidariedade com o povo da Grécia", disse o bispo Brian Farrell, secretário para a promoção da unidade cristã, numa cerimônia no Museu da Acrópole de Atenas.

Os fragmentos de mármore do famoso templo grego, uma das maravilhas do mundo antigo, incluem a cabeça de um cavalo, um dos quatro equinos que puxavam a carruagem de Atena, segundo o site dos Museus Vaticanos.

A segunda peça é a cabeça de um jovem que estaria carregando uma bandeja de bolos votivos, que eram oferecidos durante uma procissão para comemorar a fundação de Atenas.

E a terceira é a cabeça de um homem barbado que pertenceria à parte da construção onde é representada a batalha dos lapitas, um grupo mítico de pessoas, e os centauros, criaturas metade cavalo, metade homem.

O templo do Partenon foi construído no século V a.C. na Acrópole em homenagem a Atena, a deusa patrona de Atenas.

Durante o bombardeio veneziano em 1687, foi parcialmente destruído e, mais tarde, saqueado. Seus fragmentos estão dispersos em vários museus renomados em todo o mundo.

Desde o início do século XX, a Grécia tem solicitado oficialmente a devolução de um friso de 75 metros retirado do Partenon e uma das famosas cariátides do Erecteion, um pequeno templo antigo também localizado na Acrópole de Atenas, peças chave da coleção do Museu Britânico.

As autoridades britânicas afirmam que as esculturas foram "adquiridas legalmente" em 1802 pelo diplomata britânico Lord Elgin, que as revendeu ao Museu Britânico, mas a Grécia garante que foram "saqueadas" enquanto o país estava sob ocupação otomana.