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Musk estima que Twitter vale US$ 20 bi, menos da metade do valor de compra

Empresário atribui a brutal contração de valores às dificuldades financeiras

"Twitter estava destinado a perder 3 bilhões de dólares [cerca de R$ 15 bilhões] por ano", disse Musktaforma neste sábado. - Brendan Smialowski / AFP

Elon Musk estima atualmente o valor do Twitter em 20 bilhões de dólares, menos da metade dos 44 bilhões calculados há cinco meses quando a rede social foi adquirida pelo magnata, segundo um documento interno consultado por vários meios americanos.

A carta interna aos funcionários referia-se à participação nos lucros dentro do grupo com sede em San Francisco e à alocação de ações na X Holdings, a empresa que supervisiona o Twitter desde a sua aquisição no fim de outubro.

O programa de subvenção de ações avalia a plataforma em 20 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 105 bilhões), perto da capitalização da Snap (US$ 18,2 bilhões, cerca de 96 bilhões de reais), empresa matriz do Snapchat, ou da rede social e portal de imagens Pinterest (US$ 18,7 bilhões, cerca de 99 bilhões de reais).

Questionado pela AFP através de um e-mail dedicado à imprensa, o Twitter gerou uma resposta automática que continha apenas um emoji representando fezes.

No documento interno, Musk atribui a brutal contração de valores às dificuldades financeiras. Segundo o magnata, o grupo esteve à beira da falência por um tempo.

"O Twitter estava destinado a perder 3 bilhões de dólares [cerca de R$ 15 bilhões] por ano", escreveu o empresário em uma mensagem publicada na plataforma neste sábado.

Segundo Musk, esse número se explica por uma perda de faturamento de US$ 1,5 bilhão (quase R$ 8 bilhões) e vencimentos de dívida por outro valor equivalente.

"Mas agora que os anunciantes estão retornando, parece que vamos alcançar o ponto de equilíbrio no segundo trimestre" de 2023, assinalou o diretor-executivo e acionista majoritário do Twitter.

Desde que assumiu o controle da rede social, Elon Musk, que também é dono da empresa aeroespacial SpaceX e da fabricante de carros elétricos Tesla, reduziu a força de trabalho do grupo de 7.500 para menos de 2.000 funcionários, recorrendo a sucessivas ondas de demissões.