Pernambuco

Rodoviários realizam protesto no Recife para denunciar situação dos motoristas de ônibus

Terminal de Integração da Caxangá, perto da UPA, será primeiro alvo de reivindicações, mas não haverá interrupção de serviços para os passageiros

Existem 10 mil rodoviários na Região Metropolitana do Recife, 30% deles são motoristas que exercem duplas funções, enfrentam violência e falta de cortesia dos usuários - Foto| Sindicato dos Rodoviários

Os rodoviários realizam, na manhã desta segunda-feira (27), a partir das 7h, um protesto no Terminal de Integração da Caxangá, localizado perto da UPA com o mesmo nome do bairro, já no final da maior avenida do Recife. Não haverá paralisação de serviços para os usuários. O que a entidade sindical quer é “denunciar as condições precárias vividas pela categoria e pelos motoristas”. O ato se realiza em tom de denúncia e tem duração prevista de 2 horas. A Região Metropolitana do Recife tem, atualmente, 10 mil rodoviários, 30% deles são motoristas.

“Queremos mostrar o esgoto à céu aberto deste terminal, o mau cheiro, mostrar que os motoristas não têm refeitório, que precisam se alimentar dentro dos ônibus quentes, em locais inapropriados. Queremos mostrar o descaso com o profissional de transportes”, disse o presidente do Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana de Pernambuco, Aldo Lima. “Vamos mostrar nossa realidade à população. O próximo terminal é o de Igarassu”, avisou.

Segundo Aldo Lima, existe um pedido para construção de um refeitório e local de descanso no terminal que passou em branco. A autoridade de cobrar melhorias é do Governo do Estado, que licitou a Nova Mobi. A concessionária disse já ter realizado melhoria em 26 terminais de ônibus e metrô em balanço realizado no ano passado. O projeto de obras e melhorias nos terminais tem prazo total de implantação de 48 meses e teve investimento de R$ 90 milhões. A assinatura de concessão se realizou em 14 de dezembro de 2021.

Segundo Aldo Lima, se a empresa não se comprometer com melhorias, haverá um estudo sobre paralisação. Ele contou que os motoristas sofrem tendo que dirigir e cobrar passagem, convivendo com agressões, com usuários que pulam a catraca, com assaltos e surfs em cima de ônibus.