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Rodoviários protestam no TI Caxangá e denunciam más condições de trabalho

Entre as principais queixas dos rodoviários estão a falta de um espaço destinado aos profissionais no TI Caxangá

Rodoviários protestam por melhores condições de trabalho no TI Caxangá. Manifestação não afeta o funcionamento do terminal. - Arthur Mota/Folha de Pernambuco

Um protesto organizado pelo Sindicato dos Rodoviários mobiliza dezenas de trabalhadores da categoria na manhã desta segunda-feira (27). O ato acontece no Terminal Integrado da Caxangá, localizado na Zona Oeste do Recife. Os manifestantes denunciam a precarização das condições de trabalho e o acúmulo de funções por parte dos profissionais. Não houve interrupção dos serviços durante a realização do protesto.

Entre as principais queixas dos rodoviários estão a falta de um espaço destinado aos profissionais no TI Caxangá. De acordo com a administração do Sindicato, os trabalhadores que utilizam o equipamento fazem refeições dentro dos ônibus, nos intervalos, e em condições de higiene inadequadas. A categoria reclama, ainda, do estado de conservação dos ônibus – sem climatização e com constantes problemas mecânicos –, e a chamada dupla função designada aos motoristas, que assumem o trabalho que antes era do cobrador. 

“Precisamos de um local, no terminal da Caxangá, para o trabalhador se alimentar. Já cobramos do órgão gestor e da nova empresa que assumiu o controle dos terminais, a Nova Mobi Pernambuco, mas nada foi resolvido. Hoje, no local onde eles param os ônibus e se alimentam, tem um esgoto a céu aberto. É um local insalubre”, reclama Aldo Lima, presidente do Sindicato dos Rodoviários, que alega que há um espaço inutilizado no TI que poderia ser destinado a um espaço de convivência.

De acordo com o Sindicato, a categoria também deve organizar atos semelhantes em outros terminais da Região Metropolitana do Recife. 
 

Além da falta de um espaço destinado ao trabalhador no TI Caxangá, o presidente do sindicato da categoria chama atenção para outros problemas. “Há problemas de segurança, evasão de renda, a dupla função e até a questão dos surfistas de ônibus; nesses casos, o motorista tem que se preocupar em fiscalizar essas situações e chega a ser responsabilizado em caso de acidentes”, completa Aldo Lima.