Brasil

Rombo nas contas externas do Brasil tem queda de 33% em fevereiro

Houve redução de US$ 1,4 bilhão, ante o déficit registrado em fevereiro de 2022

Dólar, moeda americana - Valter Campanato/Agência Brasil

Dados do Banco Central divulgados nesta segunda-feira (27) apontam que o Brasil registrou saldo negativo de US$ 2,8 bilhões nas contas externas em fevereiro de 2023. O déficit, porém, representou uma queda de 33% em relação ao mês de fevereiro de 2022, quando houve saldo negativo de US$ 4,2 bilhões.

No intervalo de 12 meses, até fevereiro, o rombo foi de US$54,4 bilhões (2,78% do PIB). No mesmo período do ano passado, o déficit era de US$46,8 bilhões (2,81% do PIB).

Na prática, as contas externas consideram três dados. O primeiro deles é o desempenho da balança comercial de produtos entre o Brasil e outros países, isto é, as exportações e importações. Em fevereiro deste ano, houve superávit de US$2,5 bilhões.

O segundo dado é a balança de serviços das contas externas do país. É considerado, sobretudo, as compras de brasileiros no exterior, incluindo gastos com importações de serviços financeiros, fretes e aluguel de equipamentos e até gastos de turismo. O déficit na conta de serviços totalizou US$2,0 bilhões em fevereiro de 2023.

A renda primária é o terceiro e último dado e trata das remessas de dinheiro e pagamentos (lucros, juros e dividendos) que as empresas multinacionais, com filial no Brasil, enviam para o exterior. Nesse cálculo também estão as remessas que empresas brasileiras recebem do exterior. O déficit em renda primária somou US$ 3,4 bilhões em fevereiro de 2023.

Investimento direto no Brasil
Os investimentos estrangeiros no país registraram ingressos líquidos de US$ 6,5 bilhões em fevereiro de 2023, abaixo do ingresso de US$ 10,8 bilhões no mesmo período em 2022. Os investimentos diretos no país (IDP) acumulados em 12 meses, totalizaram US$88,0 bilhões (4,49% do PIB), até fevereiro.