Ainda não há data para apresentação de novo arcabouço fiscal, diz Padilha
Ministro espera, porém, que votação da proposta no Congresso seja célere
O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta segunda-feira (27) que ainda não há data para a apresentação do novo conjunto de regras para controle dos gastos públicos, o chamado arcabouço fiscal. Ele garante, porém, que o ambiente no Congresso para a aprovação da proposta é positivo.
A previsão inicial era de que a regra fiscal fosse apresentada após a viagem do presidente Luiz Inácio Lula à China. Com o cancelamento da visita, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve focar na articulação do novo arcabouço. Lula e Haddad devem discutir o tema nesta semana, segundo Padilha.
O presidente ainda vai definir esse cronograma com o ministro Fernando Haddad, que lidera o debate do marco fiscal. Certamente durante a semana esse tema vai ser tratado no ambiente interno no governo, disse Padilha.
O arcabouço fiscal irá substituir o teto de gastos, que trava as despesas federais à inflação do ano anterior e hoje é o principal marco para as contas públicas federais.
Clima positivo para aprovação da proposta
Para Padilha, o Congresso vai votar o assunto rapidamente:
A expectativa é de um ambiente muito positivo no Congresso Nacional. Tenho conversado diretamente com os líderes da base e da oposição, com o presidente Rodrigo Pacheco (do Senado), com o presidente Arthur Lira (da Câmara). É um clima muito positivo para, chegando a regra fiscal no Congresso Nacional, possa ser debatida com muita qualidade e celeridade, disse.
O ministro disse ainda que Haddad vai dar retorno a Lula, nesta semana, das conversas que teve com lideranças sobre o assunto. Na sexta-feira, Haddad afirmou que a parte técnica do novo arcabouço fiscal está pronta, e a palavra final sobre a âncora para as contas públicas será de Lula.