Segurança nas escolas: prevenção é fundamental para diminuir violência no ambiente escolar
A segurança nas escolas é um dos assuntos evidenciados devido ao aumento dos ataques violentos nesses locais
A segurança nas escolas é um dos assuntos evidenciados devido ao aumento dos ataques violentos nesses locais. A garantia da segurança de funcionários e estudantes divide opiniões. Afinal, armar professores, colocar detector de metal na entrada das escolas e criar muros são ações que podem dar resultados?
De acordo com o secretário de Segurança Cidadã da Cidade do Recife, Murilo Cavalcanti, essas ações não solucionam o problema de violência no ambiente escolar.
Ele afirmou que é importante ter, dentro das escolas, mediadores de conflito, acolhedores e psicólogos para prevenir acontecimentos semelhantes ao do aluno de 13 anos que matou uma professora e deixou pessoas feridas em uma escola estadual de São Paulo, na manhã de segunda-feira (27).
“Armar professor, armar vigilante de escola, não é o caminho, nem tão pouco fazer o que eu chamo de paredões penitenciários, muros de três, quatro metros de altura, isso não leva a nada, não leva mais segurança de maneira nenhuma. Com a pandemia, houve um aumento de transtornos psicológicos na população como um todo, e na escola não poderia ser diferente”, destacou Murilo.
Em entrevista ao Blog da Andréia Sadi, da Globo, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, declarou que estuda colocar policiais de forma permanente nas escolas. Segundo Murilo, não há evidências científicas que comprovem a eficácia de ações como essas.
“Não conheço onde isso deu certo. O que o governador de São Paulo deveria fazer era colocar mais psicólogos, educadores, mediadores de conflito dentro das escolas, é isso que se dá resultado e não querer colocar pessoas armadas. No Brasil estão sendo assassinadas por ano em torno de 45 mil pessoas. Então o problema da gente não está basicamente dentro das escolas, mas fora dela. A gente precisa ouvir especialistas nisso, pessoas capacitadas neste tema de saúde mental”, ressaltou o secretário.