Caso das joias

Defesa de Bolsonaro diz que joias recebidas por ex-presidente estão à disposição para "apresentação"

Em nota, advogados afirmam que bens foram devidamente registrados, catalogados e incluídos no acervo da Presidência da República

Joias dadas para Bolsonaro pelo Governo da Arábia Saudita - Reprodução

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informou que o terceiro conjunto de joias do regime da Arábia Saudita, avaliado em cerca de R$ 500 mil, está à disposição para “apresentação e depósito”. Em nota, os advogados Paulo Amado da Cunha Bueno e Daniel Bettamio Tesser afirmaram que os bens foram devidamente registrados, catalogados e incluídos no acervo da Presidência da República conforme legislação em vigor.

“Todo o acervo de presentes recebidos pelo ex-presidente, em função do relevante cargo que exercia, será submetido a auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), assim como ocorreu com os mandatários anteriores”, diz o comunicado.

Nesta terça-feira (28), o Ministério Público de Contas, por meio do procurador Lucas Rocha Furtado, informou que apresentará pedido à presidência do TCU para que Jair Bolsonaro devolva o terceiro conjunto de joias. Entre as peças estão um relógio da marca Rolex, de ouro branco, cravejado de diamantes. O ex-mandatário levou consigo a caixa com itens de luxo no fim do ano passado, quando deixou o cargo, e as incorporou em seu acervo pessoal.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o conjunto também contém uma caneta da marca Chopard prateada, com pedras encrustadas; um par de abotoaduras em ouro branco ornada com um brilhante no centro e rodeado por diamantes; um anel em ouro branco com diamantes com corte longo e retangular, chamado no exterior de "baguette"; uma "masbaha" (um tipo de rosário árabe) de ouro branco com pingentes cravejados em brilhantes.

O Rolex é vendido em sites por preços a partir de R$ 364 mil. Peças similares às demais que compõem o conjunto custam, no mínimo, R$ 200 mil, segundo o jornal.