Homem sai para encontro marcado em aplicativo e é assassinado no Rio
Corpo foi encontrado em um campo de futebol na Pavuna, próximo a evento onde a vítima, de 38 anos, estava com amigas antes de sair para o encontro
Um homem de 38 anos foi encontrado morto após sair para encontro de aplicativo na Zona Norte do Rio. O conferente de loja Leandro dos Santos Torres, morador de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, estava em um pagode na região de Acari acompanhado de amigas. No início da noite, disse que pediria um carro para ir ao encontro de um rapaz com quem falava por aplicativo de relacionamento, se despediu das colegas e não foi mais visto.
Sem notícias, família divulgou o desaparecimento nas redes sociais e registrou ocorrência na 64ª DP (São João de Meriti). Na noite dessa segunda-feira (27), o corpo de Leandro foi encontrado em um campo de futebol próximo ao evento onde o conferente estava com as amigas. Segundo familiares, havia um ferimento na cabeça, e o laudo do IML apontou para asfixia mecânica, possivelmente por enforcamento, como causa da morte.
A família da vítima não sabe se ele chegou a entrar no carro de aplicativo para encontrar o rapaz com quem conversava, já que o corpo foi localizado em uma região próxima, na Avenida Martin Luther King, na Pavuna. Ainda segundo parentes, Leandro pode ter sido atraído para o falso encontro e foi morto. Com ele, foram encontrados documentos, mas o celular tinha sido levado.
'Falei para ele tomar cuidado'
Segundo uma amiga de trabalho da vítima, eles estavam no pagode e ela decidiu que iria embora. Nesse momento, pouco depois das 19h, Leandro disse que também iria, mas que antes passaria em outro lugar para encontrar um rapaz.
— Perguntei que tanto ele falava no celular. Ele disse que encontraria um “boyzinho”. Falou que ia ser rápido. Eu falei: “Leandro, cuidado. Assim que chegar em casa, me manda mensagem, pelo amor de Deus” — relata a amiga.
A amiga conta que enviou dois áudios para Leandro, às 20h08, e não teve retorno. No dia seguinte, foi trabalhar e não o encontrou.
— Perguntei ao encarregado dele se ele não tinha ido trabalhar. Ele disse que não. A gente nunca ia imaginar que isso poderia acontecer com ele — diz.
Prima da vítima, Claudimara Marques contou ao Globo que também acredita na possibilidade de um ataque homofóbico ou até mesmo um desentendimento na rua. O que os familiares pedem, agora, é que as investigações deem respostas sobre o que realmente aconteceu com Leandro.
— Não sabemos o que fazer. A gente precisa de informações. Isso é uma loucura, ele só queria trabalhar e se divertir — diz.
Em nota, a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) afirmou que investigações estão em andamento para apurar as circunstâncias da morte, e que agentes realizam diligências para identificar o autor e a motivação do crime.