Indicado de Biden para o Banco Mundial, Ajay Banga deve ser confirmado sem concorrentes
Nome do americano nascido na Índia, ex-executivo da Mastercard, foi escolhido pelos EUA para presidir a instituição multilateral. Prazo para outras indicações terminou hoje
O executivo indo-americano Ajay Banga, indicado pelos EUA para presidir o Banco Mundial, deve ser nomeado para o cargo sem um candidato rival. O prazo para indicações terminou hoje, sem que nenhum outro país tenta proposto um nome alternativo publicamente.
O ex-dirigente global da Mastercard foi escolhido pelo presidente dos EUA, Joe Biden, no mês passado, após o atual presidente da instituição multilateral, David Malpass, anunciou sua decisão de deixar o cargo um ano antes do fim do mandato.
Indicado pelo ex-presidente Donald Trump em 2019, Malpass também foi escolhido para o cargo sem opositor indicado por outro país. Uma das principais instituições financeiras multilaterais do mundo, voltada para o combate à pobreza e a promoção do desenvolvimento socioeconômico nos países, o Banco Mundial sempre foi dirigido por um indicado dos EUA.
Após a escolha de Biden, pelas regras do Banco Mundial, em fevereiro, outros países-membros poderiam fazer indicações durante uma janela, que terminou na tarde de hoje sem que isso tenha sido feito publicamente.
Embora Banga, de 63 anos, tenha uma longa carreira no setor privado, particularmente no setor financeiro, ele tem sido apontado como alguém capa de levar para o Banco Mundial uma perspectiva mais social voltada para países em desenvolvimento, já que cresceu e foi educado na Índia.
Ele também demonstra comprometimento com o combate às mudanças climáticas e acredita que a pobreza e o meio ambiente estão interligados. O executivo, que atualmente é vice-presidente do conselho da empresa de investimentos General Atlantic, é conhecido por defender a bancarização de indivíduos por meio de sistemas digitais.
Banga passou o último mês em campanha, visitando países que são credores ou tomadores de empréstimos do Banco Mundial em busca de apoio para sua candidatura, como China, Quênia, Reino Unido, Panamá e a Índia.