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Volta de Bolsonaro ao Brasil repercute na imprensa internacional

Ex-presidente desembarcou em Brasília na manhã desta quinta-feira (30)

Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil - Evaristo Sa / AFP

O retorno de Jair Bolsonaro (PL) ao Brasil, nesta quinta-feira (30), repercutiu na imprensa internacional. A mídia estrangeira destacou que o ex-presidente promete liderar a direita no país e fazer oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto enfrenta uma série de investigações, como as dos atos golpistas do dia 8 de janeiro, em Brasília, e as relativas ao caso das joias.

O jornal espanhol El País diz que as pretensões políticas de Bolsonaro dependem "de como as múltiplas investigações abertas vão evoluir". Bolsonaro foi convocado para prestar depoimento na próxima quarta-feira sobre as joias que lhe foram dadas pela família real saudita e levadas consigo de forma irregular.

A rede de televisão inglesa BBC também destaca que ex-presidente enfrenta inúmeros desafios legais em seu retorno, entre eles, uma investigação a respeito da incitação de manifestantes que invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília.

O canal de notícias americano CNN publicou em seu site que Bolsonaro foi recebido por um pequeno grupo de apoiadores, durante o desembarque, na capital federal. Os bolsonaristas estavam no saguão de desembarque internacional do aeroporto e usavam camisetas verde e amarelas da seleção brasileira.

O jornal The Guardian, da Inglaterra, mostrou que os apoiadores de Bolsonaro também carregavam bandeiras nos ombros, cantaram o hino nacional e gritavam palavras de ordem, como "mito", enquanto o ex-presidente - que jamais admitiu a derrota na eleição - deixava o aeroporto.

A TV francesa BFMTV ressaltou que Bolsonaro enfrenta investigações com a possibilidade de se tornar inelegível e, até mesmo, preso no fim dos processos judiciais.

O alemão Deutsche Welle afirma que o retorno de Bolsonaro "pode reenergizar a oposição, enfraquecida por seu exílio e críticas generalizadas à violência e destruição durante as manifestações de 8 de janeiro". No entanto, ele terá de lidar com "batalhas judiciais em diferentes frentes no Brasil".