Com nova regra, governo quer retomar grau de investimento e prevê reduzir juros da dívida
Ministério traça projeções para despesas com encargos do endividamento público até 2031
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, divulgou na manhã desta quinta-feira (30) o novo arcabouço fiscal do governo Lula. Com a regra, que cria metas a para redução da dívida pública e traça como cenário que as contas do governo voltarão a ficar no azul já no ano que vem, o ministério da Fazenda prevê que o o país voltará a ser considerado grau de investimento, ou seja, um porto seguro para investidores.
Na apresentação do arcabouço, o ministério da Fazenda traçou um cenário para a redução do pagamento de juros da dívida publica pelo governo nos próximos anos. Este ano, o montante destinado aos encargos do endividamento deve cair em R$ 80 bilhões, nas previsões da equipe econômica. Essa cifra aumenta, até chegar a uma redução de R$ 360 bilhões no total destinado pelo Orçamento as juros da dívida pública em 2031.
A Fazenda também traça cenários para a redução de dívida pública que variam conforme a trajetória dos juros básicos da economia, que são determinados pelo Banco Central. Num cenário de corte moderado nos juros, a dívida pública ficaria entre 75,05% do PIB e 75,83% do PIB em 2026. A previsão para este ano é de dívida pública é de 75,07% do PIB.
Num cenário de corte um pouco mais intenso dos juros, a dívida pública brasileira seria reduzida para um intervalo entre 73,58% do PIB e 74,36% do PIB em 2026.