Jornalista americano recorre de sua prisão na Rússia
Evan Gershkovich foi detido provisoriamente na semana passada até 29 de maio
A defesa do jornalista americano Evan Gershkovich, que foi preso na semana passada na Rússia por acusações de "espionagem", recorreu de sua prisão nesta segunda-feira (3), disse um tribunal de Moscou.
"Foi o mesmo advogado (de ofício) que representou Gershkovich em sua prisão que fez a apelação", disse uma porta-voz do tribunal de Lefortovo em Moscou.
A data da audiência para este recurso "será anunciada esta semana", acrescentou, especificando que a petição será examinada por outro tribunal superior.
Uma porta-voz do tribunal de Lefortovo, em Moscou, disse que a data da audiência para a apelação "será anunciada esta semana". Evan Gershkovich, correspondente na Rússia do prestigioso jornal americano The Wall Street Journal e ex-jornalista da AFP em Moscou, foi detido provisoriamente na semana passada até 29 de maio.
Gershkovich, de 31 anos, foi preso em Ecaterimburgo (Ural) pelo Serviço Federal de Segurança (FSB), que o acusou de "espionagem".
O Wall Street Journal e o jornalista negam as acusações.
Sua prisão acontece durante um momento de aumento da repressão contra a imprensa e opositores, sobretudo após o início da ofensiva russa na Ucrânia.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, exigiu a libertação do repórter na última sexta-feira (31).
A Casa Branca, que havia qualificado as acusações de espionagem de "ridículas", disse, nesta segunda, que os diplomatas americanos em Moscou ainda não conseguiram entrar em contato com Gershkovich.
A representação diplomática dos Estados Unidos na Rússia "está fazendo muito, muito esforço para estabelecer acesso consular a Evan, porém não conseguiu ainda", disse John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, um organismo vinculado à presidência.
Essa situação "mobilizou todos, incluindo o presidente", destacou Kirby, que acrescentou que "continuariam as conversas com os russos", para conseguir sua libertação.