guerra na ucrânia

Rússia fortalecerá sua capacidade militar perto da Finlândia após sua entrada na Otan

Moscou garantiu em março que não representa nenhuma "ameaça" para os países escandinavos

Vladimir Putin - Mikhail Metzel / SPUTNIK / AFP

O governo russo expressou nesta segunda-feira (3) sua disposição de fortalecer sua capacidade militar perto da Finlândia, que se tornará um novo país-membro da Otan na terça-feira, uma decisão considerada uma ameaça por Moscou.

"Fortaleceremos nossas capacidades militares no oeste e no noroeste", ou seja, perto da fronteira com a Finlândia e outros países do Leste Europeu, disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Gruchko.

"No caso de destacamento de soldados e meios por partes de outros membros da Otan em território finlandês, tomaremos outras medidas para garantir a segurança militar da Rússia", acrescentou Gruchko, de acordo com suas declarações citadas pela agência de notícias russa Ria Novosti.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, anunciou nesta segunda-feira que a Finlândia se tornará o 31º país a ingressar na aliança atlântica na terça-feira.

Após o início da ofensiva russa na Ucrânia em fevereiro de 2022, a Finlândia e a Suécia mudaram sua posição histórica de defesa neutra e se inscreveram para ingressar na Otan em maio do ano passado.

Moscou garantiu em março que não representa nenhuma "ameaça" para esses dois países escandinavos e que não tem "nenhum conflito" com eles.

No entanto, o presidente russo, Vladimir Putin, considera que a expansão da Otan para países que fazem fronteira com a Rússia representa uma ameaça para Moscou e esta foi uma das razões usadas para justificar a intervenção militar russa na Ucrânia.