RIO DE JANEIRO

Facção de Bibi Perigosa contava com apoio de sargento do Exército para se esconder da polícia

Irmão da traficante usava a Vila Militar como esconderijo para tentar fugir da polícia

Bibi Perigosa foi presa no Rio de Janeiro - Reprodução

A facção chefiada comandada por Andreza Cristina Lima Leitão, a Bibi Perigosa, de 31 anos, contava com o apoio de um sargento do Exército para driblar a polícia. Era na Vila Militar de Ponta Negra, em Natal, no Rio Grande do Norte, que o irmão da traficante, José Alexandre Lima Leitão, o Espiga, se escondia pois achava que o local inibiria os agentes.

E foi pra lá que ele foi quando uma equipe da Polícia Militar o flagrou quando passava de carro no bairro Candelária, em dezembro de 2016. Espiga não obedeceu à ordem de parada dada pelos PMs e seguiu para a Vila Militar. Na ocasião, estava acompanhado de Andreza e de outras três pessoas.

Os PMs conseguiram permissão de militares do Exército, entraram na Vila Militar e encontraram Espiga, Andreza e o restante do grupo sentados numa calçada. Espiga ainda tentou fugir pulando o muro, mas foi contido. Na casa do sargento do Exército foram encontrados balança de precisão, relógios, uma peça de carro e celulares. O grupo foi levado para a Delegacia Especializada em Narcóticos (Denarc).

Espiga está preso. Andreza veio para o Rio se esconder com a ajuda de traficantes aliados de sua facção. Ela foi presa no último domingo quando saía de um shopping em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. De acordo com a polícia, ela estava escondida no Complexo da Penha, na Zona Norte, mas por causa das operações ocorridas na comunidade na semana passada foi para a Vila Aliança, também na Zona Oeste.

Nesta segunda-feira, ela foi transferida da Polinter — unidade da Polícia Civil onde presos ficam temporariamente — para o presídio Bangu 1, em Gericinó, na Zona Oeste da capital. Ela está numa galeria isolada, que foi adaptada para receber mulheres.