CULTURA

Cinquenta anos da morte de Picasso; relembre o legado do pintor

Autor de milhares de quadros, esculturas, desenhos e traições

Obras do pintor Pablo Picasso - Gabe Ginsberg / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

O pintor, escultor, poeta e dramaturgo Pablo Picasso foi um dos artistas mais importantes do século XX. Apesar de ter nascido na Espanha, ele passou a maior parte da sua vida na França, onde faleceu em 1973. Neste sábado (8), é o aniversário de 50 anos da morte do vanguardista.

Com obras em algumas das coleções mais respeitadas no mundo inteiro, como no Museu de Arte Moderna (MoMA), em Nova Iorque (EUA), e no Museu do Louvre, em Paris, onde se tornou o único artista vivo a ter uma obra de arte exposta no local, Picasso também é detentor de alguns recordes. 

“Les Femmes d’Alger” é uma das suas mais emblemáticas telas, que foi vendida por $179,4 milhões de dólares em 2015 e entrou para a lista das dez pinturas mais caras da história. O autor também é conhecido por seu extenso acervo com mais de 13 mil quadros durante seus 70 anos de atividade artística. 

Gênio da arte, infiel às mulheres
Nas aulas de arte, ele é lembrado por ter inventado o cubismo, pintado "Guernica" (ícone da Guerra Civil Espanhola e um símbolo mundial contra a guerra e violência, exposto no Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia), pela sua fase azul, fase rosa, pelo neoclassicismo e pelo surrealismo. Mas sua vida pessoal é muitas vezes esquecida pelos livros de história. 

Nos últimos anos, especialmente com a 'cultura do cancelamento', seu romance com suas amantes tem sido questionado e seu legado manchado pelo seu tratamento com as mulheres, em especial suas duas esposas, Jacqueline Roque e a bailarina russa Olga Koklova. As musas, como ele as chamava, ficaram conhecidas como “as mulheres cuja vida Picasso destruiu”, pois sofreram com o machismo e infidelidade do boêmio, lavando muitas ao suicídio.