Lula diz que Zelensky "não pode querer tudo" e deve negociar para alcançar a paz na Ucrânia
Além da viagem para a China, luta tem uma agenda oficial que terá como um dos principais objetivos discutir propostas de paz na Ucrânia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu, nesta quinta-feira (6), que a Ucrânia pode ter que ceder o território da península da Crimeia e negociar com a Rússia para facilitar um entendimento que ponha fim à guerra.
"(Vladimir) Putin não pode ficar com o terreno da Ucrânia. Talvez se discuta a Crimeia. Mas o que ele invadiu de novo, tem que se repensar. O Zelensky não pode querer tudo. O mundo precisa de tranquilidade (..) A gente precisa encontrar uma solução", declarou Lula.
O presidente do Brasil viajará na próxima terça-feira (11) para a China, com uma agenda oficial que terá como um dos principais objetivos discutir propostas de paz na Ucrânia com seu par, Xi Jinping.
Lula busca posicionar o país como mediador de um diálogo multinacional sobre a Ucrânia. Propôs criar um grupo de países que intermedeiem as negociações entre as nações em guerra.
Celso Amorim, principal assessor de Lula para assuntos internacionais, reuniu-se com Putin em 25 de março em Moscou, e ambos dialogaram sobre a possibilidade de abrir uma negociação de paz com a Ucrânia.
"Dizer que as portas estão abertas (para a negociação de paz) seria um exagero, porém afirmar que estão fechadas tampouco é verdade", disse Amorim, chanceler durante os primeiros governos de Lula, após o encontro.