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Christina Aguilera: cantora diz que engolir esperma "é bom" em razão da proteína; é verdade?

Médicos rechaçaram o comentário e afirmaram que além de não suprir a necessidade proteica pode causar infecções sexualmente transmissíveis

Christina Aguilera - Reprodução/Instagram

A cantora Christina Aguilera participou de uma entrevista picante para um podcast americano e revelou algumas preferências na hora do sexo.

Entre elas, a artista disse que gosta de “ir até o final” quando o assunto é sexo oral e que engolir esperma é bom em razão do líquido conter proteínas. O assunto levantou dúvidas e questões de muitas pessoas pela internet que começaram a se perguntar se realmente a afirmação era verdadeira.

De fato, o sêmen tem proteína que representa a maior parte dele, além de conter também frutose (açúcar), vitaminas e minerais, além dos espermatozoides, células reprodutivas masculinas —que representam apenas 5% de todo o líquido, entretanto, médicos e especialistas rechaçaram a afirmação da cantora e disseram que não há relação entre ingerir o líquido e aumento de proteína na dieta diária.

A clara de um ovo grande, por exemplo, tem em média cerca de 3,6 gramas de proteína, segundo os médicos, uma porção de frango tem 25,6g de proteína, enquanto uma porção de bacalhau tem 6,6g. Estudos sugerem que uma carga média de esperma (5ml) tem apenas 0,25 gramas.
 

A quantidade recomendada de proteína por quilo de peso corporal é de 0,75g, segundo a Fundação Britânica de Nutrição — que gira em torno de 56g por dia para homens e 45g para mulheres. Ou seja, segundo os especialistas, uma pessoa saudável precisaria beber ao menos dois galões de sêmen para atender às necessidades diárias recomendadas de proteína na dieta.

Isso sem contar que os níveis de proteína no esperma podem diferir entre os homens, dependendo da idade, saúde e volume da ejaculação. Especialistas são enfáticos que o líquido não pode substituir outras fontes de proteína como parte de uma dieta saudável e balanceada.

Além disso, a ingestão do esperma também pode aumentar o risco de infecções sexualmente transmissíveis (IST´s) como a clamídia e gonorreia.