Empregos

Criação de emprego nos EUA desacelera em março e taxa de desemprego cede para 3,5%

País criou 236 mil postos de trabalho no país, em linha com as esxpectativas. Números mostram aumento na taxa de participação da força de trabalho

Contratações foram concentradas em setores como lazer e hotelaria, bem como saúde. - RF._.studio/Pexels

Os Estados Unidos criaram 236 mil postos de trabalho em março, segundo dados divulgados pelo Departamento do Trabalho do país nesta sexta-feira. O número ficou em linha com as expectativas e demonstra uma leve desaceleração em relação aos meses anteriores.

Em fevereiro, a economia americana gerou 326 mil empregos e, em janeiro, foram criados 326 mil postos de trabalho, de acordo com as revisões divulgadas hoje pelo Departamento do Trabalho.

As contratações foram concentradas em alguns setores, como lazer e hotelaria, bem como saúde, que enfrentam escassez de mão de obra.

A taxa de desemprego caiu para 3,5% em março, enquanto era esperada uma manutenção dos 3,6% vistos em fevereiro. Os dados indicaram aumento na taxa de participação da força de trabalho, que passou de 62,5% para 62,6%.

O salário médio por hora subiu 0,3% na passagem de fevereiro para março. Já na comparação anual, houve aumento de 4,2% dos salários, o menor crescimento anual desde junho de 2021.

Os números sugerem que a oferta e a demanda dos trabalhadores estão se equilibrando, o que, se sustentado, pode ajudar a moderar ainda mais os ganhos salariais. Muitas empresas, especialmente as pequenas e as do setor de serviços, ainda estão lutando para atrair e reter trabalhadores devido à persistente escassez de mão de obra.

Os dados de emprego são observados de perto pelos agentes de mercado, pois influenciam nas decisões de política monetária do Federal Reserve, banco central americano. Como os mercados estão fechados nesta sexta-feira devido ao feriado, o indicador deve influenciar nos ativos apenas na segunda-feira.

Rumo dos juros

Nos últimos dias, parte dos indicadores econômicos divulgados mostrou um processo de desaceleração da atividade americana, inclusive do mercado de trabalho, com aumento nos pedidos de seguro-desemprego.

Ainda assim, a expectativa é que o Fed volte a elevar a taxa de juros em 0,25 ponto percentual na sua reunião de maio. Hoje, os juros no país estão no intervalo entre 4,75% e 5%.

— O mercado de trabalho está esfriando, embora não tão rapidamente quanto o Fed gostaria — disse o economista da LH Meyer/Monetary Policy Analytics, Derek Tang.