Curitiba

Mulher tira a roupa em supermercado após ser perseguida por um segurança: "Isso não pode ser normal"

A vítima é a professora Isabel Oliveira, que foi ao supermercado Atacadão comprar leite para a filha

A vítima é a professora Isabel Oliveira - Reprodução/WhatsApp

Uma mulher tirou a roupa dentro de um supermercado em Curitiba, no Paraná, em ato de protesto após ser perseguida por um segurança do estabelecimento.

O caso aconteceu na sexta-feira (7). A vítima é a professora Isabel Oliveira, que foi ao supermercado Atacadão, no bairro Portão, comprar leite para a filha e foi seguida por um funcionário.

"Fui tratada como se fosse uma marginal, fiquei sendo seguida pelo segurança do supermercado por mais de meia hora. Isso não pode ser normal”. 

O marido da professora também estava no local e gravou o momento em que Isabel aparece de calcinha e sutiã no supermercado, relatando ser sido vítima de racismo.
 


Nas redes sociais, aos prantos, a mulher publicou um outro vídeo em que conta com detalhes o que aconteceu no estabelecimento.

Segundo ela, ao perguntar se oferecia algum risco ao local, o homem informou que "estava fazendo o seu trabalho e cuidando do setor".
 

 
 
 
 
 
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“Só entrei pra fazer as minhas compras, não estava oferecendo risco nenhum a ninguém. Fiz um escândalo dentro da loja, pedindo pra ser tratada com dignidade", desabafou Isabel.

A professora também informou que entrou em contato com uma delegacia, mas foi informada que precisava de provas para alegar o caso se tratava de racismo. “Eu sei o que aconteceu e aí eu tenho que provar que estava sendo perseguida pelo segurança”, questionou.

Por meio de nota, o supermercado Atacadão informou que apurou o caso, ouviu funcionários, analisou imagens de câmeras de segurança e não identificou indícios de abordagem indevida.

"Lamentamos que a cliente tenha se sentido da maneira relatada, o que, evidentemente, vai totalmente contra nossos objetivos. A empresa possui uma política de tolerância zero contra qualquer tipo de comportamento discriminatório ou abordagem inadequada", informou a empresa.
 

Confira nota do Atacadão na íntegra:
"A empresa informa que apurou o caso, ouvindo os funcionários e analisando as imagens de câmeras de segurança, e não identificou indícios de abordagem indevida. Desde as primeiras manifestações da cliente no local, a supervisão e a gerência da loja se colocaram à disposição para ouvi-la e oferecer o devido acolhimento. Lamentamos que a cliente tenha se sentido da maneira relatada, o que, evidentemente, vai totalmente contra nossos objetivos. A empresa possui uma política de tolerância zero contra qualquer tipo de comportamento discriminatório ou abordagem inadequada. Realiza treinamentos rotineiros para que isso não ocorra e possui um canal de denúncias disponível, dando total transparência ao processo. Ressaltamos, ainda, que nosso modelo de prevenção tem como foco o acolhimento aos clientes, com diretrizes de inclusão e respeito que também são repassadas aos nossos colaboradores por meio de treinamentos intensos e frequentes".