MARACATU

Plano de Salvaguarda do Maracatu Nação é divulgado pelo Iphan

Documento busca manter a manifestação ativa por meio de políticas públicas culturais

Maracatu Nação - Eduardo Queiroga/Secult-PE

O Maracatu Nação passa a integrar o Plano de Salvaguarda elaborado pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) e divulgado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) - que guarda o Livro de Registro das Formas de Expressão, onde o Nação está inscrito como bem imaterial.

Com o documento, o Maracatu Nação passa a fazer parte de iniciativas estratégicas de proteção, com objetivos e planejamento de ações que podem ser desenvolvidas a curto, médio e longo prazo com o intuito de promover alcance amplo da política de salvaguarda. O plano pode ser conferido neste link

O resultado do Plano reúne diagnóstico abrangente da situação do bem cultural e dos seus grupos, sendo mutável, já que pretende responder às mudanças sociais que o Nação enfrenta.

 

Crédito: Otávio de Souza/Secult-PE

 

Além do Iphan e da Fundarpe, participaram da elaboração do Plano de Salvaguarda a Associação dos Maracatus Nação de Pernambuco (Amampe) e a Associação dos Maracatus de Olinda (Amo). As prefeituras de Olinda e de Recife, Igarassu e Jaboatão - municípios onde há um número considerável de Maracatu Nação - também estiveram presentes com processos técnicos.

Outras manifestações
O Maracatu Nação se junta ao Frevo e às Matizes do Forró como bens imateriais que têm plano de salvaguarda. O Repente e o Cavalo Marinho são outras das manifestações culturais do Estado que estão prestes a integra o Plano, provavelmente ainda em 2023. 

"Está no plano de ação das instituições realizar oficinas para contemplar os outros bens que ainda não possuem seus respectivos planos de salvaguarda", ressalta Marcelo Renan, coordenador do Patrimônio Imaterial da Fundarpe.

Maracatu Nação
O Maracatu Nação, conhecido também como Maracatu de Baque Virado, é manifestação da cultura popular e carnavalesca da Região Metropolitana do Recife (RMR) que remete às coroações dos reis e rainhas do Congo - com seus pálios coloridos que anunciam a presença real, além da corte, com calungas e damas do paço.

Os trajes reais usam seda, veludo e bordados com pedrarias nos desfiles, realizados nas ruas sob a companhia de um grupo musical percussivo formado por batuques de tambores, caixas, mineiros e gonguês.