Pernambuco

Preço da gasolina na Região Metropolitana do Recife sobe mais que a média do Brasil

Em março, o combustível não renovável teve aumento de 9,27% no Grande Recife, ficando também com a segunda maior alta das regiões nordestinas pesquisadas, atrás apenas de São Luís

Com a prorrogação da isenção, postos voltaram ao patamar de preço praticado no fim de dezembro - Marcello Casal jr/Agência Brasil

Na Região Metropolitana do Recife (RMR), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação, ficou em 0,62%, mais baixo do que em fevereiro (0,99%).

A taxa inflacionária na RMR foi menor que a média brasileira (0,71%). Porém, a gasolina teve um crescimento de 9,27%, acima da média de 8,33% brasileira, o segundo maior aumento do Nordeste.

Dentro de transportes, o combustível não renovável foi um dos itens que mais pesou no bolso do consumidor pernambucano, além da cenoura, que teve uma alta de 39,35%, e do abacaxi (12,74%). 

Dos nove grupos de produtos pesquisados na RMR, o maior aumento foi nos transportes, com variação de 0,69%.

“No movimento contrário, entre os recuos de preço, destacaram-se a tomate, com redução de 20,13%, a laranja pera, com queda de 11,92% e a cebola, com recuo de 11,33% no mês de março”, disse a gerente de Pesquisas do IBGE, Fernanda Estelita Lins.

Com o resultado, o Grande Recife ficou em 12° lugar das 16 regiões pesquisadas, porém com taxa mais alta do que São Paulo,  que teve uma variação de 0,52%. Em 2022, o reajuste de preços na RMR, no mesmo período analisado, foi de 1,53%, bem maior do que o deste ano.

No acumulado dos últimos 12 meses (de fevereiro a março), a variação foi de 4,48%. 

Para o cálculo do IPCA do mês, foram comparados os preços coletados no período de 1º a 29 de março de 2023 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de janeiro a 28 de fevereiro de 2023 (base).

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. 

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) na RMR teve alta de 0,56% em março, porém abaixo do registrado no mês anterior (0,96%).

No ano, o INPC acumula alta de 1,45% e, nos últimos 12 meses, de 4,58%. O preço de alimentos e bebidas e de alimentos em casa tiveram variações negativas de -0,01% e -0,38%.

Já para os consumidores que precisaram se alimentar fora de casa, houve um aumento de 1,05%.