Banco Central

"Juros vão cair com certeza", diz ministro da Casa Civil

Em entrevista, Rui Costa afirmou que o governo tem feito a lição de casa em busca de uma taxa menor, com a divulgação do novo arcabouço fiscal, a preparação da reforma tributária e contendo o gasto público

Rui Costa, ministro da Casa Civil - José Cruz/ Agência Brasil

Depois da divulgação do IPCA de março abaixo do esperado, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que a taxa de juros do Banco Central “vai cair com certeza”.

Segundo ele, a redução ocorrerá devido a entrada de dólar no Brasil com novos investimentos por meio de concessões e parcerias público privadas que serão estimuladas no plano de investimento que vem sendo elaborado pelo governo.

— Os juros vão cair com certeza. E esse otimismo e a entrada de dólar no Brasil a partir desses investimentos e de uma nova imagem do Brasil haverá de contribuir, não tem razão para manter os juros no patamar que estão. O maior juro do planeta. Hoje a sinalização de queda da inflação traz esse sentimento e reforça esse sentimento: de que os juros precisam cair — disse Rui Costa em entrevista à CNN Brasil.

A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC para discussão da taxa ocorrerá em 3 de maio. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados pelo IBGE nesta terça-feira, mostra que a inflação ficou em 0,71% em março.

Apesar do avanço, o resultado aponta para uma desaceleração em relação ao mês de fevereiro, quando ficou em 0,84%.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e integrantes do primeiro escalão do governo têm criticado veementemente a taxa de juros do Banco Central, de 13,75%. Para Lula, a manutenção da Selic neste patamar poderá afetar a performance da economia e o desempenho do próprio governo.

Costa afirmou que o governo tem feito a lição de casa em busca de uma taxa menor, com a divulgação do novo arcabouço fiscal, a preparação da reforma tributária e contendo o gasto público:

— Estamos extinguindo a antiga Funasa porque é uma empresa ineficiente e custava mais de R$ 1 bilhão, significa dinheiro público gasto de forma ineficiente. Estamos produzindo conceito no governo de qualidade de gasto público, mais do que a quantidade do que se gasta. Esse conjunto de iniciativas haverá de convencer o Banco Central a reduzir na próxima reunião a taxa de juros — disse Costa.