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"Saque-aniversário criou farra do sistema financeiro", diz Marinho sobre mudança do FGTS

Ministro participa de reunião com parlamentares para apresentar plano de trabalho da pasta

Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) - Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, voltou a criticar o saque-aniversário no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e argumentou que o mecanismo criado no governo Bolsonaro permitiu “farra” dos bancos, quando os valores em conta são utilizados como garantia em operações de crédito.

Marinho participa de reunião na Câmara dos Deputados para apresentar o plano de trabalho do Ministério durante o ano de 2023. A sessão foi iniciativa do ministro, segundo os parlamentares.

"O saque-aniversário criou farra do sistema financeiro com o Fundo de Garantia. Hoje, dos R$ 504 bilhões depositados na conta-corrente dos correntistas, já temos quase R$ 100 bilhões alienados pelos bancos em empréstimo consignado do Fundo de Garantia, a partir do formato do saque-aniversário" diz.

Os destaques na agenda do Ministério neste ano incluem o combate do trabalho análogo à escravidão; a regulamentação do serviço de entregadores e motoristas por aplicativo; e o “fortalecimento” de direitos trabalhistas como o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Segundo Marinho, essas seriam as “urgências que a classe trabalhadora”, demandadas ao governo.

Outra pauta considerada relevante para o governo é a valorização permanente do salário mínimo - que está sendo negociada com as centrais sindicais em grupo de trabalho.

"A constatação no grupo de trabalho, até aqui, é que as políticas do salário mínimo no governo Lula e Dilma tiveram uma eficiência muito grande, impactando na distribuição de renda" argumenta.

O ministro também criticou o atual patamar dos juros na economia brasileira, hoje com a taxa básica de 13,75% ao ano.

"Os juros estão em um patamar inaceitável. Reduzir juros é a mesma coisa que gerar o aumento de empregos e o crescimento da economia" disse o ministro, citando que a redução dos juros é uma demanda também do setor empresarial brasileiro.