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Novo arcabouço fiscal é positivo e ambicioso, diz diretor do FMI

O diretor do Fundo Nigel Chalk disse estar entusiasmado com a proposta, que parece "consciente das necessidades sociais do país"

Sede do FMI em Washington, nos Estados Unidos - AFP

O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou nesta quinta-feira (13)que o novo arcabouço fiscal, apresentado pelo governo brasileiro recentemente, é positivo e ambicioso.

Em entrevista, Nigel Chalk, diretor interino do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo, se disse entusiasmado com a proposta de ajuste fiscal proposta no novo arcabouço, que parece “consciente das necessidades sociais do país”.

“É bom que os brasileiros estejam pensando em um marco fiscal e uma estrutura institucional para a política fiscal. Apoiamos muito isso. E ficamos muito felizes em fornecer experiências entre países ou experiências internacionais, se o governo considerar útil”, disse Chalk.

“Estamos favoravelmente impressionados com o ajuste fiscal. Isso está sendo proposto no médio prazo em termos de aumento do superávit primário. Isso é bom”, continuou.

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Segundo Chalk, trata-se de um plano de equilíbrio fiscal ambicioso, mas também “consciente das necessidades sociais do país”.

“Equilibrar essas duas coisas é muito importante. Há também um esforço mais amplo para revisitar todo o quadro fiscal e institucional em termos de regras fiscais. O que podemos ver é que as ideias ainda estão evoluindo. Vimos algumas propostas e estamos olhando para elas”, afirmou.

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Chalk lembrou que no próximo mês o Fundo começará as consultas para o Artigo IV (revisão que faz periodicamente sobre as economias) do Brasil e, então, deve ter mais subsídios para analisar o novo arcabouço fiscal.

“Acho que teremos uma discussão mais detalhada sobre isso. Teremos mais a dizer sobre o quadro institucional que o planejamento do governo”, afirmou.